Robert Rauschenberg, Bed, 1955
Legend
As silent as a mirror is believed
Realities plunge in silence by . . .
I am not ready for repentance;
Nor to match regrets. For the moth
Bends no more than the still
Imploring flame. And tremorous
In the white falling flakes
Kisses are,—
The only worth all granting.
It is to be learned—
This cleaving and this burning,
But only by the one who
Spends out himself again.
Twice and twice
(Again the smoking souvenir,
Bleeding eidolon!) and yet again.
Until the bright logic is won
Unwhispering as a mirror
Is believed.
Then, drop by caustic drop, a perfect cry
Shall string some constant harmony,--
Relentless caper for all those who step
The legend of their youth into the noon.
Hart Crane
Lenda
Tão silencioso quanto num espelho se crê
Realidades mergulham no silêncio...
Não estou pronto para o pesar;
Nem para lidar com mágoas. Pois a vespa
Inclina-se não mais que quieta
A implorar a chama. E trêmulos
Em alvos flocos cadentes
Estão os beijos,—
O único vale toda recompensa.
É para ser aprendido—
Essa clivagem e queimadura,
Mas unicamente por aquele que
Esgota-se novamente.
O dobro e o dobro
(Novamente o fumegante suvenir,
ídolo em sangria!) e então novamente.
Até que a brilhante lógica se ganhe
Insussurrável como num espelho
Se crê.
Daí, gotejando por cáustica gota, um pranto perfeito
Deve distender uma constante harmonia,—
Acrobacia inflexível a todos os que lançam
A lenda de sua juventude dentro da lua.
Nota – agradeço a Anna Cavalcanti a sugestão de traduzir este poema. Para um outro poema de Crane em Afetivagem, aqui. A ilustração escolhida para este não é uma "instalação", como pode parecer à primeira vista, mas um óleo sobre tela de Rauschenberg.
* * *
:)
ResponderExcluirobrigada, ruy
anna, prezada, eu q lhe agradeço a sugestão deste belo poema...
ResponderExcluirEstima Ruy, parabéns pelas traduções! Você é bem vindo no Poesia Diversa: www.poesiadiversidade.blogspot.com Você já chegou a traduzir algo de Paul Claudel? Um abraço.
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