terça-feira, 17 de agosto de 2010

De sermos numerosos



Koloman Moser, Clear Glass, c. 1900



Fora disso


Estamos em toda parte. E em todo tempo. O tempo todo. Todas os espaços. Não há o que desejar fora disso. E é isso o que Fernando Pessoa não entendeu, ao dizer: "Ah, não ser eu toda a gente e toda a parte!".
Aqui ele toca, um tanto involuntariamente - se possível dizer que algo há de involuntário em Pessoa - a questão crucial, retomada tantas vezes pelo poeta norte-americano George Oppen: o sentido de ser muitos. Título, de resto, de um de seus livros: Of Being Numerous [De Sermos Numerosos].


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